29.12.08

clima verão/2009

desejo um 2009 repleto das coisas mais belas e necessárias pra vida!
feliz 2009 a todos!
uma musiquinha pra entrar no meu clima de verão 2009:



paz e arroz - clube do balanço
eu quero paz e arroz
amor é bom e vem depois

vai se vira, vai se vira
eu preciso de um cachorro
eu preciso de um amigo
os meus amigos me abandonaram
pensando que eu estivesse a perigo.

eu quero paz e arroz
vai se vira, vai se vira
pois além de um grande amigo
eu preciso de alguém,
que me trate com carinho,
que me fale de amor

das coisas belas da vida, das coisas lindas da paz.
amor é bom e vem depois

9.12.08

seriam os espíritos?


final de dezembro chegando. aquela sensação de correria de final de ano a mil. todo mundo com os sentimentos à flor da pele: algumas despedidas; festas com gosto de passado espelhando um futuro novo, cheio de novas esperanças e vontades; conversas sobre passado, presente e futuro, tudo regado à muita risada e descontração; abraços sinceros e necessários; amigos secretos inacreditavelmente criativos; muita festa; muitas lágrimas...

tudo que chega agora são as lembranças de um 2008 extremamente nervoso, que veio com tudo por cima de mim, não posso dizer que fui um grande campeão, com certeza não venci todas as batalhas, mas pelo menos bati retirada com muita elegância e jurando vingança pra próxima, que com certeza vinha mais arrebatadora, mas eu sempre tentava ao máximo vencê-las. afinal, durante essa guerra de 2008 muitos se juntaram ao meu front de batalha, alguns foram e voltaram com tudo, mesmo agora no finalzinho, porém estão novamente comigo, outros viram os meus ferimentos o tempo todo e pude me curar dos meus com eles curando os deles. todos extremamente necessários pra que eu estivesse aqui ainda, firme e forte. foram tempos de me aliar a muitas outras tribos, totalmente desconhecidas que foram aparecendo e deixando cada uma a sua marca, o seu diferencial, que foram somando-se a mim pra poder continuar a extensa batalha diária de 365 dias...

nessas épocas lembro de tudo que foi passado, tento lembrar do que eu estava pensando pra esse ano, pela mesma época, no ano passado; e, tentando analisar se as coisas desejadas há um ano tinham acontecido, ou não; o que melhorou, o que piorou, enfim, acho que aquele balanço geral que todo mundo tem por essas épocas. claro que, pra variar, as minhas análises são um pouco mais precoces e extensas, tentam analisar muito mais minuciosamente tudo, sempre.

o que resta pra um próximo ano são aquelas promessas internas gerais: ser uma pessoa melhor, arranjar um emprego melhor, ser mais isso, ou mais aquilo. internamente eu to pedindo apenas pra ter um ano normal, sem mais nada, apenas quero que tudo aconteça ao seu tempo, porque aprendi que quando se quer muito, mais coisas, elas realmente acontecem. por isso to esperando um 2009 normal pra todos, apenas quero mais felicidade verdadeira, não aquela do "-tudo bem? - sim, tudo ótimo e contigo?!", isso é mera falta de educação, porque na verdade ninguém está ouvindo a pergunta real que o próximo faz, apenas já tem frases prontas pra certos tons de voz que nos aparecem no dia-a-dia. quero sim, mais felicidade, masi tranquilidade, mais harmonia, mais paz, mais entendimento; nada de mais trabalho, mais festas, mais emoções, mais amores: isso tende a ser extremamente complexo de lidar, digo por experiência própria.

é isso aí, penso que o espírito de natal chegou, bem acompanhado daquele que nos permite enxergar o próximo ano. os espíritos estão à solta, cuide-se!


[foto: meramente ilustrativa roubada do blog de rui gonçalves - espanta espíritos/ rui gonçalves]

24.11.08

going crazy, pissed off


ultimamente, totalmente sem saco pra fazer grandes interpretações do meu mundo real.
só dizer que está tudo bem, mesmo com a violência urbana tendo chegado até mim segunda-feira passada.

e começo a odiar a frase: "vão-se os anéis, ficam-se os dedos"

11.11.08

invasão

final de semestre chegando, provas batendo à porta, acompanhadas de seus benditos amores: os trabalhos e tudo isso me deixa em pé de guerra com a minha preguiça.
todo dia ele faz tudo sempre igual, se sacode às 6:00 da manã. sorriso pontual?ah! tá de brincadeira né?
todo dia é um caminho novo, uma frase velha, uma música banal. todo dia é aquele cabelo ao vento, despontando aos quatro cantos do mundo, ou uma voz cantarolando out loud uma música por estar feliz, ou apenas ouvindo e refletindo sobre a vida.
poxa, reflexão é algo que não falta. o dia inteiro, o tempo todo. as unhas roídas ao máximo. sempre ouve-se um: tira essa mão da boca, guri! mas não adianta. ainda mais nessas épocas de tentar voltar a uma vida saudável. sim, saudável. sem narcóticos alguns. to precisando melhorar.
to sempre querendo melhorar o mundo, os outros, achar a perfeição formal (quase um parnasiano) do dia a dia. coisa impossível se a partir de mim mesmo eu não conseguir fazer nada disso. há quem pergunte: mas pra quê tudo isso? ao passo que responde: nem mesmo sei direito o porquê!
enfim... em tempos modernos, de constantes mudanças (ou adaptações?) fico aqui perdido. só esperando as provas invadirem a minha casa e me levarem à loucura. e os outros que aguardem, mas nunca esqueçam que sempre há tempo pra tudo: pra tudo!

30.10.08

pátria amada, brasil?

bom, realmente eu não sei há quanto tempo foi escrito e muito menos os motivos pelos quais esse texto surgiu; contudo, achei extremamente interessante os comentários feitos pela psico-pedagoga holandesa deborah clasen sobre o brasil. uma visão crítica muito bem fundamentada e que realmente leva por alguns segundos a imaginação a um patamar de orgulho pelo país. claro, todos sabemos pelos inúmeros infortúnios e problemas que o brasil enfrenta. não somos tolos, silly people (pra deixar mais clara a minha ideia). temos plena consciência que os comentários são sim, muito bem embasados, com um tom irônico nem um pouco convencional, diria que quase gritante. porém, é ainda, muito difícil crer que essa ideia de brasil-nação-do-futuro é muito complexa e contraditória.
pensar num país com uma problemática tão extensa e contrapor isso com um texto deste calibre, mostra que ou realmente concordamos com a ideia gringa de brasil-podre, ou então somos os deslumbrados e apaixonados por um brasil utópico. bom, não quero formar opiniões aqui, mas deixo claro que ao ler o texto fiquei impressionado e do início ao fim arrepiado. exagero? de repente eu veja, por essa reação, que eu ainda tenho uma esperança de crer piamente em todas essas verdades ditas. vale a pena ler:

por deborah clasen (num ctrl+c, ctrl+v bem pegado, sem alterações):


"Os brasileiros acham que o mundo todo presta, menos o Brasil, realmente parece que é um vício falar mal do Brasil. Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no exterior eles maximizam os positivos, enquanto no Brasil se maximizam os negativos. Aqui na Holanda, os resultados das eleições demoram horrores porque não há nada automatizado.
Só existe uma companhia telefônica e pasmem!: Se você ligar reclamando do serviço, corre o risco de ter seu telefone temporariamente desconectado.
Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito de enrolar o
sanduíche em um guardanapo - ou de lavar as mãos antes de comer. Nas padarias, feiras e açougues europeus, os atendentes recebem o dinheiro e com mesma mão suja entregam o pão ou a carne.
Em Londres, existe um lugar famosíssimo que vende batatas fritas
enroladas em folhas de jornal - e tem fila na porta.
Na Europa, não-fumante é minoria. Se pedir mesa de não-fumante, o garçom ri na sua cara, porque não existe. Fumam até em elevador.
Em Paris, os garçons são conhecidos por seu mau humor e grosseria e
qualquer garçom de botequim no Brasil podia ir pra lá dar aulas de 'Como conquistar o Cliente'.
Você sabe como as grandes potências fazem para destruir um povo? Impõem suas crenças e cultura. Se você parar para observar, em todo filme dos EUA a bandeira nacional aparece, e geralmente na hora em que estamos emotivos.
Vocês têm uma língua que, apesar de não se parecer quase nada com a língua portuguesa, é chamada de língua portuguesa, enquanto que as empresas de software a chamam de português brasileiro, porque não conseguem se comunicar com os seus usuários brasileiros através da língua Portuguesa.
Os brasileiros são vitimas de vários crimes contra a pátria, crenças, cultura, língua, etc... Os brasileiros mais esclarecidos sabem que temos muitas razões para resgatar suas raízes culturais.
Os dados são da Antropos Consulting:
1. O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial.
2. O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma.
3. Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a cidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária.
4. Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundiais: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo.
5.. Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautas brasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na América Latina.
6. No Brasil, há 14 fábricas de veículos instaladas e outras 4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma.
7. Das crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos, 97,3% estão estudando.
8. O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês.
Na telefonia fixa, o país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas.
10. Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade ISO-9000, maior número entre os países em desenvolvimento. No México, são apenas 300 empresas e 265 na Argentina.
11. O Brasil é o segundo maior mercado de jatos e helicópteros executivos.
Por que vocês têm esse vício de só falar mal do Brasil?
1. Por que não se orgulham em dizer que o mercado editorial de livros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano?
2. Que têm o mais moderno sistema bancário do planeta?
3. Que suas agências de publicidade ganham os melhores e maiores prêmios mundiais?
4. Por que não falam que são o país mais empreendedor do mundo e que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários?
5. Por que não dizem que são hoje a terceira maior democracia do mundo?
6. Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados?
7. Por que não se lembram que o povo brasileiro é um povo hospitaleiro, que se esforça para falar a língua dos turistas, gesticula e não mede esforços para atendê-los bem?
Por que não se orgulham de ser um povo que faz piada da própria desgraça e que enfrenta os desgostos sambando.
É! O Brasil é um país abençoado de fato.
Bendito este povo, que possui a magia de unir todas as raças, de todos os credos.
Bendito este povo, que sabe entender todos os sotaques.
Bendito este povo, que oferece todos os tipos de climas para contentar toda gente.
Bendita seja, querida pátria chamada
Brasil!!"

29.10.08

a quatro dias do passado

hoje acordou um dia cinza. não sei se por ironia desse mundo que ultimamente me surpreende cada vez mais com os sinais mandados; mas sim: hoje, definitivamente, é um dia cinza.
foi hoje que me dei conta que estou a quatro dias de transformar a minha vida. calma. parece estranho; na verdade o é. que confusão! pra quem prefere entender as coisas às claras, de modo simplificado, digo que estou a quatro dias de uma lembrança. opa! continua estranho...
sei que estou a quatro dias de uma lembrança extremamente clara, estou a quatro dias de ter minha vida completamente mudada, completamente e literalmente de pernas pro ar. continua difícil, eu sei; continua difícil pra mim também. estou a quatro dias de perceber que tudo o que eu já vivera, quase que completamente, foi sem sentido. bom, nem tanto, mas daqui a quatro dias eu sei que tudo que eu tinha por certo, se tornou errado. porém, como diz a música, as coisas são com elas são. isso me lembra a propaganda de um refrigerante qualquer: as coisas como elas são!
em quatro dias tudo escorre lentamente. tudo vai viajar por outras dimensões pelas quais nem minha mente altamente capacitada em matéria de loucura, sequer imaginara.
a pergunta mais precisa é: quem diria?
ninguém diria! mas acontece - por acaso, por destino, ou por sei lá deus por quê; mas acontecem. dentro de quatro dias, contando esse momento em diante, que tudo de mais improvável vai acontecer. foi a partir daquele momento, até o atual que eu tive certeza de que meu mundo começou e acabou. trágico? não é a intenção. a intenção é mostrar, e desculpem as repetições, a intensidade de tudo que foi vivido.
daqui quatro dias também, eu sei que nada vai acontecer de extraordinário, vai ser apenas mais um dia 2 de novembro qualquer, que pra mim vai ser a data onde realmente eu vou relembrar o que morreu. não sei ainda, ao certo, quais sentimentos estarão por explodir daqui quatro dias; a dor pode aparecer, a saudade apertar lá no fundo do peito, a alegria pode tomar conta de mim, a tristeza pode se abater, ou pode mesmo,acontecer tudo isso ao mesmo tempo, sem aviso prévio, vai ser mais um dia de loucura interna.
mas quer saber, é preciso se adaptar, vai!, continua!, lembra! e seja feliz; passa por cima do orgulho e procura pra pelo menos um abraço e dizer que foi tudo muito importante, marcante e que eu jamais vou esquecer.
é tudo uma lembrança tão viva, que um ano se passou e eu nem percebi...

26.10.08

hahaha

e é domingo pela manhã. tá, nem tão manhã assim... já passam das 14, porém, como acabo de acordar, é manhã!
só pra deixar claro que esse post não tem uma função específica, tendo como que os outros todos tiveram... enfim, esse aqui é mais pra lembrar os fatos engraçados do final de semana:
- começando por um sexta-feira 'mucho loca', com altíssimas conversas msnicas: nada como ter dois amigos que se prestam a fazer besteira contigo até virtualmente. segue um mero pedacinho:

v diz: ai que mico!!! caí!
d diz: hahahahahahahahahahahahahahahahahahahaha
d diz: essa festa tah me dando dor de barriga de tanto rir!
d diz: ou será da cervejinha?

mais alguns momentos de 'totally out of the little house' e:

v diz: quanta baixa renda!!!
v diz: o travis não eh mais o mesmo.

minutos depois:

d diz: daqui a pouco vou começar a chamar de 'tias'
v diz: só falta o tarcísio.
r diz: (alguem salva essa conversa peloamordavacajersey)

e isso foi só na sexta, fora a tarde de sábado hilára revendo pessoas especiais e tendo alguns acertos, mesmo que virtuais, extremamente necessários à minha sobrevivência.
vou ficando por aqui, por não ter muito mais a dizer.
voltaremos...

20.10.08

peças


tem vezes que parece que o mundo está de brincadeira contigo. às vezes eu acho que certas coisas que acontecem nas nossas vidas acontecem, realmente, sem explicação alguma. de repente, num repente, você transforma a vida de alguém que jamais viu na vida. alguém que, além de tudo, traz uma mudança pra nossa própria vida, e quando vê: cadê? o avião já decolou...
essa rotina semanal de sonhos malucos termina na segunda-feira mais próxima; quando a realidade volta a tomar conta de todo o manto diário. acordo e só percebo que foram mais alguns dias vividos com esplêndida encenação, com muitos sorrisos e aplausos. com fãs individuais de artistas particulares. entre quatro paredes entendo como tudo parece cada vez mais surreal; cada vez mais próximo daquilo que o profissional faz. mas, e como aceitar isso pra minha própria vida? eu, tão...tão: eu. tão indiferente a mim mesmo, tão sonhador, tão irresponsável comigo mesmo.
dormir com qual sentimento? será que a minha última face foi aquela de 'abobado'? foi tudo tão rápido. e, ao mesmo tempo tão transformador. o problema, na verdade, não é esse, mas sim, saber que transformação foi essa? os últimos tempos ajudaram a me perder no caminho da racionalidade tão comum na minha personalidade. e agora fico aqui, sem saber o que se passa com a minha própria pessoa, de repente agora fique mais clara a idéia de irresponsável por mim mesmo.
triste ser tão forte pelos outros; saber exatamente onde cada queimadura arde mais forte no choro à minha frente. mas e eu? por que comigo não é fácil de entender isso? já não sei mais o que é que desarma e enfraquece minh'alma. me pego pensando se foram todas essas reviravoltas, todo esse tumulto seguido de um dia-a-dia sem descanso. se foram as muralhas que foram atingidas por bombas de verdade e dor que agora tentam, ou não, serem reerguidas. se foram as coisas mais certas, que no espaço de um 'enter', se tornaram as mais incertas possíveis. foi aquele aconchego negado, olhado com medo e indiferença?
ou ainda mesmo, todos esses momentos de felicidade incontida e altamente inesperados: aquele passeio que há tempos vinha sendo adiado, ou por impossibilidade, ou por falta de tacto - a gente combina!, e que finalmente ocorreu; aquela saída que rendeu a cena espetacular, a sensação de ser vivo e livre, a vontade de sair correndo e dizer tudo de mais feliz que eu tenho sobre todos os seres que 'me abandoram' pelas suas razões. ah!
tudo vem junto, mudando. quem vai dizer que as criancinhas cresceram e hoje têm vidas interligadas por n motivos e meios, mas que são adultos independentes, ainda que por imagem, pois, eu sei, e não adianta vocês negarem: aquele início faz muita falta, aquela alegria de coisas boas emergentes nos tornou mais dependentes uns dos outros do que a gente imagina. é o reconforto de casa, de família...
e mais um final de semana que teve uma estréia confusa, um desfecho incrível e inesperado, e por mais que o final fosse certo: foi espetacular, lindo e surpreendente. o fim de semana fecha as suas cortinas; os aplausos cessam; espectadores e atores voltam para as suas casas. fim de temporada.

11.10.08

XII FESTIVAL INTERNACIONAL DE FOLCLÓRE DE GRAVATAÍ - DIAS 16, 17, 18 E 19 DE OUTUBRO - TEATRO DO SESC - GRAVATAÍ - RS - BRASIL


bom, esse post é em prol de um evento que eu apoio muito e acho que apenas pelo fato de existir há 12 edições merece um grande respeito. mesmo não sendo mais um atuante no grupo, continuo acreditando e dando forças pra que esse tipo de evento torne-se mais uma marca cultural da nossa cidade.
o XII FESTIVAL INTERNACIONAL DE FOLCLORE DE GRAVATAÍ irá reunir grupos folclóricos de várias partes do mundo. nesta edição a marca mais presente será das américas mesmo, mas o festival já contou, em outras realizações com grupos vindos de portugal, itália, entre outros.
fica a dica e gostaria que isso se proliferasse, essa idéia de cultura mundial. as experiências que esses tipos de eventos proporcionam são memoráveis (digo por experiência própria).


maiores informações : casa dos açores do estado do rio grande do sul - caergs

6.10.08

os óculos - parte 2 ( compartilhando novidades)


hoje passei o dia inteiro pensando que aqueles pensamentos de domingos, toda aquela ansiedade tinha um bom propósito. sei lá, hoje o dia nasceu com um sol maravilhoso, tudo cheirava a novo: parado na sinaleira me dei conta que a primavera chegou, aquele sol estava tão brilhante, tudo pareceu tão mais colorido que o normal. e foi um dia tão normal.
de repente por isso mesmo - os dias normais-, são neles afinal que a gente consegue ver o melhor da vida. o dia estava tão colorido. na sinaleira até uma borboleta pousou no carro. foi o ápice (pelo menos foi o que eu pensei). ela era tão estranha, tão mais colorida que o normal. aí eu pensei: são meus olhos? sei lá, me encontrava de óculos escuros, tirei e fiquei analisando pelo para-brisa. foi tão comum, mas ao mesmo tempo tão comovente. a borboleta representou mais que apenas aquele sol irradiado, vindo da primavera emergente. ela foi, de repente, um sinal, de que meu dia estava apenas começando de uma maneira diferente. era só tirar os óculos que tapavam a minha visão. e foi esplêndido. tudo bem, eu estava extremamente nervoso: duas provas num dia, é pra deixar qualquer pessoa com os nervos à flor da pele. mas e daí? era um dia novo; um dia diferente.
não me questione o porquê. até porque nem eu fiz isso, fato extremamente incomum. mas estava ali, como fazia tempo que eu não me mostrava a mim mesmo. um tanto o quanto mais tranquilo. aceitar a vida como ela é, por mais chavão e improdutivo seja de se pensar, é o mais correto ainda. vai. tudo um dia muda, coisas horríveis a se dizer. pense sim que eu estou me utilizando de lugares comuns, mas pare e pense: se hoje em dia existem tais chavões e/ou pensamentos, é porque, algum dia, alguém, tomou conta de analisá-los, ou não apenas um alguém, mas um conglomerado de pessoas em conjunto chegaram a esse consenso e como se diz ' a verdade está na boca do povo'. comprovo, por este 'novo' chavão que tudo bem, em momentos difíceis e complicados, que parecem nunca mais terminarem (que parecem puxar mais e mais problemas), um dia acabam. acabam sim. confia, seja no que preferir, Deus, água, terra, zodíaco, ou até mesmo nas próprias pessoas, mas não deixe de acreditar em algo. auto-suficiente? ninguém o é! busca naquilo que mais preferires a fórmula mágica pra continuar na jornada. de que vai adiantar filosofar o que é viver, se isso jamais vai mudar o percurso natural do próprio ato de viver. já diria zé ramalho que 'sinônimo de amor é amar', me dedico a possibilidade de afirmar que (sim, sou um pouco fã de clarice lispector) não adianta tentar entender, basta o próprio ato de viver.
de repente o sinônimo de vida seja viver. quem sabe?


foto: rafael lamonatto

28.9.08

voyelles - vogais

A noir, E blanc, I rouge, U vert, O bleu: voyelles,
Je dirai quelque jour vos naissances latentes:
A, noir corset velu des mouches éclatantes
Qui bombinent autour des puanteurs cruelles,

Golfes d'ombre; E, candeurs des vapeurs et des tentes,
Lances des glaciers fiers, rois blancs, frissons d'ombelles;
I, pourpres, sang craché, rire des lèvres belles
Dans la colère ou les ivresses pénitentes;

U, cycles, vibrements divins des mers virides,
Paix des pâtis semés d'animaux, paix des rides
Que l'alchimie imprime aux grands fronts studieux;

O, suprême Clairon plein des strideurs étranges,
Silences traversés des [Mondes et des Anges]:
—O l'Oméga, rayon violet de [Ses] Yeux!

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A negro, E branco, I carmim, U verde, O azul:
vogais, de vós direi as matrizes latentes:
A, peludo corpete negro de luzentes
moscas volteando em pútrido, cruel paúl,

golfos de sombra; E, tendas, graça dos vapores,
lanças do gelo, brancos reis, tremor de umbelas;
I, púrp'ras, hemoptises, rir de bocas belas
na cólera, em remorsos embriegadores.

U, ciclos, vibrações divinas do verdeado
mar, paz dos apascentos, paz do enrugado
que a alquimia imprime às frontes sobre os fólios;

O, supremo Clarim, cheio de silvos fundos,
silêncios trespassados de Anjos e de Mundos:
— O de Ómega, raio violeta dos Seus Olhos.


arthur rimbaud



no mínimo, merece um grande destaque...


quer saber mais?

24.9.08

citações

"quase caiu no chão, diante do extraordinário espetáculo que se deparou a seus olhos. ali estava o jardim com alguns pássaros. o mundo continuava como de costume. todo o tempo em que estivera escrevendo, o mundo tinha continuado.
'e se eu tivesse morrido, seria a mesma coisa!', exclamou."

orlando
virginia woolf


" 'what a fuss people make about fidelity!' exclaimed lord henry. 'why, even in love it is purely a question for physiology. it has nothing to do with our own will. young men want to be faithfull, and are not; old men want to be faithless, and cannot: that is all one can say.' "


the picture of dorian gray
oscar wilde

22.9.08

parece que...

e assim segue, como já diria virgínia woolf: 'e se eu tivesse morrido, seria a mesma coisa!'
sabe que é bem isso, você chora, grita, espereneia, briga, fica feliz, quer morrer, some por algum tempo, retorna, quer um tempo do mundo, mas não adianta; estamos presos ao nosso querido e cruel mundo real!
vai lá, tenta, joga, conquista, ri, brinca e dança... nada disso vai apagar o passado ou muito menos iluminar o futuro. o agora acaba sempre, e eu disse sempre mesmo, sendo muito mais forte. de que adiantaria querer párar o mundo pra descer um pouquinho? quando voltasses, ia continuar tudo como deveria estar, tudo lá no seu lugar. nessa onda de amores perdidos e reencontrados, machucados e feridos, de que adianta esconder-se? 'se joga', diriam alguns amigos meus.
é bem isso, vai de frente, encara com todas as tuas armas disponíveis, assim você demonstra quem você realmente é, não quem você aparenta ser. parecer ser. engraçado, ultimamente é o que todo mundo têm feito! de que adianta? respondam-me! de que adianta parecer ser algo? pense e logo seja mesmo, então! mas não aparente! nada! nunca! não pareça amar alguém: ame! não pareça não se importar com alguém: importe-se e não tenha vergonha disso! não pareça que não sente dor: sinta, você é humano!
parece que parecer sempre é mais fácil, mais simples, afinal você luta com a defesa dos outros e não com as suas armas. e no fim, vai parecer que ganhou algo, mas não, infelizmente você perdeu...



teorias de vida nova? de repente...

16.9.08

aniversário - a kimik perfeita


pessoal, os 1.9 estão chegando e com eles uma festa!

dia 20/09 (próximo sábado)

onde rola? bom, vai rola na kimik, alí no link vocês conseguem as informações adicionais!

www.kimik.com.br

- o importante a saber: mandem seus nomes (e o de quem vocês quiserem) para mim em formato de comentário neste post aqui blz? aceitarei nomes até a sexta-feira dia 19/09.

pra que os nomes? ganham um descontão de 50% no valor do ingresso PARA A ENTRADA ATÉ A MEIA-NOITE!!!!!!! (todas as informações necessárias econtram-se no site do próprio estabelecimento)


então agilizem-se e mandem seus nomes por aqui!

vamos ver se rola uma kimik!

abraço

15.9.08

os óculos

bom, nada mais justo que voltar a fazer um blog. estava me sentindo meio 'desvirtualizado', sabem aquelas épocas na vida que tu meio que some do mundo? estava nessas, mas agora penso que voltei. aos interessados: a letra minúscula é meramente ilustração da minha preguiça de ficar apertando 'shift' antes de algumas letras. tenha dó verônica e acostume-se!
em resposta a alguns blogs alheios digo que nessa onda de infernos malditos a gente tem muito o que fazer: por si mesmo comece encontrando seus amigos, por óbvio a melhor forma de passar um domingo sombrio e temeroso.
eu estava certo de que não ia ser fácil, já tinha em mente de que tudo aquilo pelo que a gente passara estava perto de ter um fim espetacular. e teve. isso eu penso ser uma boa idéia deixar de lado. foi só a ilustração para a parte dos amigos no domingo sombrio: sim, eles sim fazem valer a pena, ainda mais quando te fazem rir naqueles momentos mais insólitos. 'vocês viram quem tá aqui também?' e a resposta é um: 'não pode ser verdade!', ao que o outro responde: 'eu já não duvido de mais nada, depois do que já vi hoje, nada mais me surpreende, sabia que estudar linguística ia ser muito mais produtivo hoje.' e segue-se o domingo no seu percurso natural, bom, nem tão natural assim, mas continuava sim o 3 sendo depois do 2, o 4 depois do 3; e assim sucessivamente, até chegar a noite. aah! a noite! e não parece que tudo se torna nostálgico num domingo a noite? continua a conversa: 'acho que ele não te merece', seguido de um: 'penso que o Jabor tem razão - tu não pode obrigar alguém a ficar contigo.' ao que é seguido por um choro desesperado.
um choro de dor, de expressão simples e pura de amor. amor sofrido, amor cuidado com indiferença, amor enganado. o choro cessa, começam-se as conversar convencionais, aquele ao estilo- será que chove?- tudo isso pra ver se uma dor de amor passa. é possível uma dor de amor passar? e inicialmente, amores vieram pra doer? aquele orgulho, infeliz orgulho que é intrínseco em cada um de nós acaba com tudo! sem ele de repente os amores fossem um pouco mais simples. será? acho que seria um bom teste! tem partes do 'ninguém é melhor que ninguém' que todo mundo esquece.
a diferença entre os inteligentes (ou como diria o raskholnikóv do dostoiévski: os homens especiais, ou pelo menos algo desse gênero) e os convencionais é que: os primeiros entendem que são orgulhosos e que traem a si mesmos pelos outros para liberarem o amor, já os outros apenas convivem com seus orgulhos e seus amores, que acabam com finais trágicos.
abrem-se os olhos, está tudo embaçado; a primeira visão é uma lâmpada acesa e o pensamento grita: luz! é disso que eu preciso, luz! é isso que renova, luz! a próxima visão é sublime: ao invés de caras de choros ou lágrimas, caras de espanto ou medo, vejo um sorriso, molhado pela emoção, com as bochechas tão ou quão molhadas quanto as minhas, cujas lágrimas lavaram um turbilhão de sentimentos. e aquele sorriso é duplo, eu tive a sorte de ver 2 sorrisos pra mim! imaginem dois sorrisos seguidos concomitantemente de um 'eu te amo e eu vou estar sempre aqui contigo', nessa horas eu páro e pergunto: ama-se pra haver uma amizade fortalecida na tristeza do amor? ou a amizade já vem com esse pré-requisito de 'nessa hora estarei aí'? é uma dúvida que eu não quero perder tempo pensando, apenas agradecer por esse momento repetir.
levanto da cama e digo que o domingo precisa acabar logo, assim como tudo foi acabado nele. e é na segunda-feira que a história se repete, ou não. chego em casa, dou um oi à minha mãe que, aflita com a minha face, responde com um murmúrio. 'ela também está triste', penso. e ela tem todo o direito e razão, afinal ela não espera mais nada de mim. aquilo bate tão fundo lá dentro. é incrível como amor de mãe pode ser tão cruel como amores da vida. todo o meu ser cai em desespero novamente e a cama é o melhor lugar pra sofrer, só ela sabe todas as coisas que eu vivi, só ela esteve presente nos meus mais variados momentos de alegria e tristeza. deito na cama. a primeira lágrima rola novamente, ela tem um gosto mais acre, mais que o normal. me pergunto se isso é normal? deve ser, diz a resposta interna, ela, afinal, não tem culpa de nada.
o choro recomeça, agora o pranto é mais intenso, mais doloroso, mais interno que o normal. afinal, estou no meu território, ali sou mais vulnerável e suscetível a erros. ouço uma batida na porta: 'filho, tá tudo bem?', 'não', 'é aquilo de novo?', 'não, é apenas tristeza.', 'quer um copo de água?', ' eu quero que tu me abrace'. e então o choro recobre todo o meu quarto, são as minhas lágrimas misturadas às da minha mãe. 'dorme criança', minha mente voltou uns 10 anos atrás, me vi naquela mesma cena, mas eu era criança, e sofria porque tinha machucado minha irmã. naquele momento me senti com 10 anos, mas com 10 vezes mais problemas a serem resolvidos. adormeço. acordo algumas horas depois, vou ao banheiro, a imagem do espelho reflete a minha alma: um aspecto grotesco, machucado, infeliz. aspecto de quem lutou uma batalha de cem anos em três dias. essa era a minha visão.
a casa toda estava em silêncio, me sinto mais só do que nunca. e a imagem da caminhada em dupla volta à memória e o choro recomeça. é aquele mesmo choro de dor, um pranto dolorido e sofrido. 'como foi capaz de fazer isso?'. o espelho continua ali, me mostrando aquela imagem horrenda, putrificada pelo amor desiludido. mas no canto do espelho aparece uma cor estranha, mais colorida que toda aquela imagem. olho-a fixamente, ela começa a criar um tamanho maior. sinto que é uma cor de alegria. mas ela torna-se forte demais pra minha visão, eu ainda não tenho essa capacidade. mas o pranto cessa por saber que ainda há esperanças. penso que meus olhos tem problemas, porque não consigo olhar a felicidade, a cor dela é ofuscante demais. minha mãe chega em casa, dou um bom dia apertado e quase surdo e digo: 'cadê o receituário do oftalmo? preciso ir comprar os óculos.'