26.1.09

em tempos de reviravolta...

...a mente fica atormentada e o coração sofre. vou pra praia.

20.1.09

álbum de recortes

há horas que eu não aparecia por aqui, quase me tomaram por um pai desnaturado que deixa o filho abandonado.
basicamente foi isso mesmo! andava meio de saco cheio e com um ócio de criatividade incrivelmente afiado. acontece. pensei até que andava com uma crise, fui correndo e peguei um livro pra ler na prateleira.
sabia que aquela ideia de "não vou ler um livro sequer no verão" não ia rolar. uma vontade insaciável, eu diria. misturando assuntos e fatos, 2009 teve aquele início que eu tanto esperei: totalmente novo, com um design mais moderno e com utensílios e apetrechos novos que eu gostaria muito de usar. muitas pessoas já vieram (e com certeza já foram também).
fui até ao cinema, sabe-se lá desde quando isso não acontecia. e foi lindo! cias ótimas, carinhos perfeitos, um filme que mexeu com todos à minha volta (penso que não foram à toa todas aquelas lágrimas que rolaram bochechas abaixo). mexeu tanto com as emoções que no outro dia já estava quase ganhando um afilhado ou afilhada de quem 'jamais teria filhos'.
fui ao teatro também! gargalhadas aos montes com uma peça ao estilo 'venha ter dores na barriga'. e depois da peça? ó destino cruel o dos amantes! o que fazer? 'tô por vocês...', 'pois é, eu também tô por vocês...', mas enfim, tudo acaba maravilhosamente bem!
aí vem a insegurança, o medo, aquele frio na barriga, quase como diria nossa sábia bibi (vulga Maysa) 'do que você está falando?' e com certeza não era de batatas que eu falava. aquela sensação de preenchimento vazio, de uma pequena longa distância, aí lembro da madonna 'like a virgin, when your heart beats, next to mine', e quando não está perto? sinto como um fracassado, que pôs tudo a perder.
uma confusão dos infernos, que eu to adorando! um filme que há meses estava para ser visto também tomou seu espaço no álbum de 2009: e há quem diga que o destino de amelié poulain era difícil de entender, mas basta alguém pra explicar que fica tudo bem!
com encontros e desencontros, crises, muitas risadas, altos índices de amor no ar, contas sendo postas em dia, dias péssimos de chuva em casa, dias ótimos de sol - também em casa, a praia se tornando cada vez mais uma lenda urbana, o mês de janeiro dizendo tchau lentamente e minhas férias quase acabando, vou ficando por aqui com mais uma reclamação: por que os dias não têm 48 hs? mas o que poderei eu fazer, não é?

7.1.09

ironia

ano novo, vida nova. será?
voltei daquela maratona de festas, orgias gastronômicas, risadas intergaláticas, entre outras cositas más, num pensamento meio fixo: com certeza um ano novo, mas fazer nele uma vida nova, só vai poder ser dito lá no final dele. é, acredito sim, que na virada todos tenham seus momentos íntimos de pura reflexão, aquele momento de eu + eu, contra mim mesmo. aquela hora em que muitos fazem pedidos, muitos agradecem, muitos apenas choram...
tive n motivos pra fazer muitos pedidos, mais motivos ainda pra agradecer e muito mais motivos ainda pra chorar. sim, chorar! tal uma criança quando se perde um doce. o por quê do choro? talvez felicidade, talvez alívio, talvez tristeza, talvez medo, talves ansiedade...fico ainda com a possibilidade de que foi tudo isso misturado.
pensei que seria uma virada diferente, foi uma ligação atípica, um alô meio desconfiado, logo depois um sorriso e eu já estava contando ondinhas e falando no telefone. -feliz ano novo!, foi dito com tanta espontaneidade que até me surpreendeu. o meu pensamento era: 2008 foi bonzinho comigo ainda, mesmo que no final.
mas logo aquela injeção de realidade faz efeito e vem tudo por água abaixo. ironia do destino? por que não? eu já tinha feito aquilo. eu já tinha feito alguém passar por aquela situação. era minha vez agora, de sentir o gosto amargo da rejeição. poxa! logo agora que o passado tinha sido substituído.
tento comunicação, ela fica cada vez mais escassa. os amigos dizem: esquece!, mas só nós sabemos o que se passa dentro de nós (às vezes nem sabemos tão ao certo assim, mas enfim). e, agora, eu não quero esquecer. fico triste, me impressiono como alguém pode mexer tanto conosco, penso que estou idealizando algo - será? só irei saber se tentar.
baixar a cabeça eu não vou, já fiz isso muitas vezes, agora eu vou lutar por aquilo que eu quero, por quem eu quero. se não valer a pena, paciência, pelo menos eu tentei.

por que é tão difícil fazer alguem gostar da gente?