bom, pra quem não sabe, e mesmo os que sabem, em meados de abril este moço que aqui vos escreve estará alçando suas asinhas para a europa.
sim, numa onda de não saber o que fazer da vida resolvi dar um pulo bem grande e enfrentar de frente uma boa e velha realidade.
o destino? bom, disso a gente fala mais tarde. queria mais era escrever um pouquinho sobre o que se passa na minha cabeça. e de repente escrever pra mim mesmo.
quando eu decidi me meter nessa bagunça toda, tenham certeza de que a minha cabeça andava três vezes mais bagunçada do que poderia ser ir viajar. a decisão na verdade foi uma troca feita com a minha mãe, que posso dizer, tem sido a minha grande apoiadora na maioria dos momentos e quem está me ajudando financeiramente. ela me ofereceu uma outra coisa, que claro, iria ajudar muito no meu dia a dia e que iria, de qualquer forma, fazer com que a minha vida mudasse. porém pensei um bocado e vi que valia mais a pena tentar algo novo e sair dessa minha rotina, que eu já tinha em mente que iria durar pra sempre.
decidi: vou viajar e pronto.
até o momento onde tu decide que vai fazer alguma coisa tudo é lindo. e eu, claro, como bom virginiano, não poderia deixar de analisar com um pouco mais de profundidade a então decisão. e no fim descobri que eu poderia ser um ótimo psicólogo: o meu problema até hoje em relação à vida era esse; nunca conseguia decidir nada.
a decisão sempre me faz excluir toda e qualquer outra possibilidade que possa haver. meio complicado de enteder? vem que eu te explico.
cena: três ou quatro seres dentro de um mercado vendo algo para comer. fulano quer pizza, fulana quer batata frita, siclano quer churrasco e por mim qualquer coisa tava boa e não me sentia à vontade de decidir pelos outros. sempre fui passional em relação às outras pessoas: o que os outros queriam estava bom pra mim também.
a ideia de fazer uma escolha na vida foi meio aterrorizante no início. aliás, de início ela era linda, mas por trás ela estava vestida para matar. foi quando eu comecei a sentir medo. depois ela se tornou aceitável, tanto por que eu aprendi a lidar com a ideia de uma forma mais real e racional. mas aquele aperto no peito foi se tornando mais forte e constante. aí veio o dia de ter de trancar a faculdade pra não perder o vínculo. nossa, quanta dor. é a escolha realmente tinha sido feita. pelo menos algo eu tenho de bom: se eu quero e decidi, eu vou e faço e com o prazer de fazer o melhor.
sobre amigos e sentimentos mais profundos, aguardem...
*foto: deste blog
[rafa começa a concretizar o fato de ir embora em sua cabeça. lista seus transtornos mentais em momentos de desabafo e deixa o destino no seu próprio rumo]