12.10.09

das pessoas

a semana foi cheia de percalsos e indecisões. houve sim, algumas arrumações, porém tudo sempre tão esquisito e chacoalhante como sempre. são perguntas de um lado, pedidos de outro e um silêncio mortal num dos pontos importantes. me pergunto o por quê?
eu sempre procuro entender a irritação alheia. tento mesmo. sou daquele tipo que se irrita e muda de humor (bem) constantemente, logo me coloco sempre nos "shoes" alheios e me vejo na situação. quando os amigos dizem que a intimidade gera falta de respeito, acredito, olho pra cima, conto até dez e dou risada. é a melhor forma de entender alguém gritando na rua sobre qualquer coisa. depois vem sempre aquele pensamento: cada um, cada um e nada mais. bem nessas, honey. meu ponto de equilíbrio não necessariamente é o seu ponto de equilíbrio. quero tanto reconhecimento quanto. penso e me chateio às vezes como um "erro" nunca pode ser relevado, enquanto eu relevo tantas coisas irritantes e que me fariam pior se eu não relevasse...
mudando de assunto, ao mesmo tempo que vivo nesse silêncio constante, percebo que certas pessoas vem (e muito) a calhar com seus custumes e seus defeitos. seus gostos e indiferenças. suas caras e bocas que me dão dor na barriga de tanto rir.
passam a mudar a tua própria rotina sem mais nem menos. e o mais interessante: sem esforço algum. eu sempre fui um 'cagão' pra mudanças (ladies, desculpem o termo), porém essas mudanças são tão fáceis de fazer que a gente nem percebe que as estamos fazendo. aí vem a parte das conversas intermináveis junto com silêncios enigmáticos que falam muito sobre a cor dos olhos, o desenho da boca, aquela marquinha no rosto que só a gente percebe e acha linda. passamos ao estágio das mãos serem animais velozes e carentes, precisando o tempo todo serem preenchidas pela pele e corpo do outro. então pulamos pra fase vivência em sociedade, fora das quatro paredes. e tudo é lindo, o mundo parece mais colorido e quentinho e confortável e interminável, afinal é tudo compartilhado e sempre há a certeza de um sorriso na tua direção. vem a sensação de completude e nada mais importa, só o alguém ao nosso lado.
"dá pra ficar assim pra sempre?" queria eu responder com firmeza que sim. se fosse possível, eu viveria de sol pra não precisar sair jamais daquela posição.
por fim, eu chego em casa e só queria não ter voltado. o que eu deixei pra trás me dá muito mais segurança do que o que está por vir...


[rafa expõe seus sentimentos mais profundos em relação a todas as pessoas as quais ama, se importa e sente falta. dá a cara a tapa por aqui sempre que acha mais que necessário.]

2 comentários:

Di disse...

''...vem a sensação de completude e nada mais importa, só o alguém ao nosso lado...''

Rafa, os amigos vão e vem, mas a gente sempre tem que cultivar os poucos e bons, isso disse um sábio uma vez. E ele tem razão. A gente não deve procurar os amigos só quando precisamos deles e sim, quando eles precisam tambem. Acontece que, as vezes, não enxergamos o quanto eles são importantes e só vamos perceber isso quando perdermos eles de verdade. E por mais que o carinho seja grande, tem mágoas que mesmo relevadas, jamais são esquecidas, ainda mais quando elas se repetem!
Porque os amigos são para sempre, já as paixões nem sempre são!

Fica com Deus!

Beijo e tu sempre vai estar no meu coração!

Ci disse...

Eu já disse q adoro o jeito q tu escreve?

Adoro o jeito q tu escreve.